O Declínio da Arte e Cultura
Como medida cautelar, orgãos do governo decretam cancelamento de espetáculos e eventos: profissionais ficam de mãos atadas devido a alta do virus no país.
A classe de arte e cultura no Brasil chora a representatividade de intenções que podem ser promovidas pelo sistema governamental.
Como toda a população está ciente, o mundo vem sofrendo com o surto do COVID19, e consequentemente todos os setores estão sendo prejudicados.
Artista e produtores culturais tem sido alvos em decorrência das normas de medidas de segurança dos órgãos de saúde pública.
Porém, toda esta movimentação está gerando custos e perdas. Claro que as perdas maiores serão para os profissionais de teatros, eventos culturais, cinema e música.
O ministério da Economia anunciou um auxílio mensal para profissionais autônomos de R$ 200,00 durante essa crise, alcançando até os titulares de pessoas jurídicas, os ditos “MEI’s”, caso se enquadrem nos critérios do CadÚnico.
Deve-se levar em conta que esses colaboradores possuem inúmeros gastos em suas produções e que o valor decretado poderá nem servir como amortização de supostas prestações, seja em questões profissionais quanto em questões pessoais.
Necessariamente, o Estado ainda não sabe quantos artistas e produtores culturais serão afetados pela pandemia.
A atriz Regina Duarte, atual responsável pela “pasta da Cultura”, aparentemente não possui uma definição ou estratégia para um ponta-pé inicial em prol da causa do setor, pois com pouca autonomia e parte de sua equipe, apenas têm recebido relatórios e discutido os problemas em reuniões para estar inteirada das questões pertinentes.
O que se sabe é que a “pasta” têm liberado R$ 2 bilhões à disposição, somente para este ano, e nenhum valor, ainda, foi destinado para causas relacionadas ao COVID19.
Sergio de Sá Leitão, secretário de cultura e economia na gestão Dória (PSDB - SP), afirma que as perdas na área são de R$ 34,5 bilhões, tendo que o setor normalmente representa 3,9% do PIB estadual. Diante do problema atual de saúde pública a receita cairá quase pela metade.
A questão é, como de fato, com o cancelamento de shows e apresentações o setor chegará à um segundo plano para manter seus compromissos ?
Fala-se em um retorno das atividades apenas para o fim de maio, até lá muitos números serão reajustados e terão de ser pagos de uma só vez, e pode ser que nem todos os profissionais tenham esse respaldo, seja pela burocracia ou talvez por serem menores que outros.
A classe atualmente se une para ser ouvida de uma forma geral, buscando a melhor resolução por intermédio de parceiros que partilham desta questão e podem de alguma maneira chegar à um ponto final satisfatório.
Edison Rafael
Jornalista e Músico
Formado pela Uninove Barra Funda
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